O que está acontecendo no setor de saúde é ao mesmo tempo previsível e empolgante. Previsível porque já aconteceu em praticamente todas as outras indústrias. Empolgante porque, após séculos de aparente blindagem, o setor está finalmente acompanhando a transformação impulsionada pela indústria 4.0. Com essa evolução, a saúde se tornará mais padronizada e personalizada, mais avançada e mais equitativa, mais centrada no ser humano e mais baseada em tecnologia.
Veremos surgir novos mega players e ecossistemas com alcance global e insights locais, além de sofisticação no atendimento e simplicidade na administração. Os resultados serão melhores em termos de segurança, qualidade, acessibilidade e equidade – e, em última análise, mais pessoas terão vidas mais longas e saudáveis.
Em parte, devido a seu histórico de lenta evolução, os serviços de saúde só agora estão prontos para uma transformação sem precedentes, marcada tanto pela industrialização quanto pela democratização.
À medida que essa transformação se desenrola, os sistemas de saúde estão bem posicionados em relação aos disruptores para liderar essa mudança, dadas as vantagens locais e a natureza intensiva em capital da prestação de serviços de assistência médica. Para fazer isso, no entanto, eles precisarão evoluir de forma radical no modo de usar a tecnologia, conduzir operações, prestar assistência e se relacionar com seus consumidores.
A transformação de todo o setor não será fácil. Essas mudanças chamarão mais atenção para políticas de saúde, estruturas legais e organizacionais, o que poderia levar à ação do governo e a mais regulamentação. No entanto, a experiência de outros setores deixa claro que há oportunidade para os pioneiros em momentos de mudança. Os sistemas de saúde precisarão tomar decisões rápidas e estratégicas para aproveitar essas forças de industrialização. Quem demorar a reagir provavelmente ficará para trás.